Entre a sola e a calçada

Crianças. Essa semana eu tive a confirmação de algo que eu já venho suspeitando há algum tempo (28 anos, pra ser preciso): eu sou um merda.

Tive uma clara visão do tamanho da minha imbecilidade (acredite: ela é bem grande!), inocência, dureza, em um corpinho que implora por uma internação em alguma instituição hospitalar. E olha que foda: não bebo, não fumo, não faço porra nenhuma. Logo, geneticamente eu sou um merda.

Um merdão.

Meu time vai do céu ao inferno em questão de dias. Acabou de levar quatro. Meu emprego parece motivo de escárneo por parte da maior parcela da sociedade. Tive de pagar o imposto de renda.

Um merdaço!

O papa vem ao meu país. Eu não gosto dele. Ele não está nem aí. A outra deputada lá, interrompe uma seção da câmara por que o Clodovil a chamou de feia. Eu vivo ouvindo isso, e o máximo que eu consigo é um "Tudo bem, não é culpa sua". E sou eu quem diz.

Aí, a neurose: "Se eu sou essa merda toda, isso significa que eu sou depressivo ou megalômano?"

Ó vida, ó azar...

-W!