domingo, fevereiro 25, 2007

O dia em que eu vi a Banda de Ipanema

Olá creonças! O carnaval acabou, mas ainda é carnaval. Longe de ser um desses koans zen-budistas, quem é brasileiro sabe do que eu estou falando.
O carnaval do Rio parece ter dado uma melhorada. Ainda faltam doses cavalares de putaria no meio da rua, mas eu sou um otimista incorrigível: a coisa parece ter jeito.
Confiando na retomada do canaval carioca, fui ver a famigerada banda de ipanema. E aí, começou a peregrinação:
  • Ônibus lotado - 457, ar condicionado. Obviamente não estava dando vazão. Obviamente um calor do caralho. Obviamente eu me fudi.
  • O motorista era a cara do Gregory Hynes, mas sem a mesma molejura no sapateado. Mas eu sabia que aquele bigode tinha royaltes pendentes. Pois meu parceiro Gregory me levou pra dar uma volta até o bairro de Santo Cristo. E depois seguiria para o aterro. Quem conhece a linha do 457, sabe que ele não vai pelo aterro (quanto mais por Santo Cristo - que é o que o pessoal grita quando vê o dito bairro), e sim pelo Santa Bárbara. Um tremendo atalho. Contra.
  • Descemos na altura da Central do Brasil pra pegar o metrô, porque estava foda. Atrás do ônibus, quatro 457. Vazios.
  • Em Ipanema. O bloco parecia uma procissão. Mais drag queens que em uma procissão. mas que diabos! É carnaval!
  • Decidi parar de seguir o cortejo. Achei estranho: a Banda de Ipanema, não estava tocando. Mas as pessoas andavam. E cantavam. Cada um uma música diferente. Imaginei: "Cada um deve estar ouvindo uma marchinha diferente nos seus Ipod's! Isso é que é carnaval de ponta!".
  • Ancorei num desses quiosques da orla, que cobram até pra você xingar. Pedi uma coca. O dono disse que estava malhada, e deu uma fungada mais forte. Eu especifiquei: "REFRIGERANTE". O dono me disse que isso fazia mal a saúde, mas me deu mesmo assim. Maldita zona sul!
  • Fiquei observando a multidão. A multidão me observou de volta. Olhei melhor, e vi que não era a multidão, mas uma mulher só. Imensa. Em todas as dimensões. Perto dela, King Kong teria sérios problemas de complexo de inferioridade. E usava uma máscara do Homer Simpson.
  • Ela (ou elas, ainda não estou certo se era só uma mulher) me olhava como um deputado do PMDB olha pra um cargo de primeiro escalão. Temi pela minha integridade física e moral. Então fui salvo. Pintou um princípio de arrastão.
  • Procurei um lugar seguro, quando me lembrei que estava no Rio de Janeiro. Então, me resignei a tentar evitar o pior: a mulher. A essa altura, ela já havia sumido, e os hippies (aqueles que ganham em dólar - cotação no paralelo - na feira hippie) começaram a aplaudir o pôr-do-sol. Gritei que amanhã haveria reprise. Ninguém entendeu. Maldita zona sul.
  • -W!

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

rapá, tem q pegar os blocos em Santa Tereza!!
abraço

10:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Pois é, tô sabendo que a putaria rola! Vou pros blocos da putaria da Sexta Feira santa...
-W!

9:14 PM  
Anonymous Anônimo said...

Bem Waine, eu gostei muito do seu testítulo, nossa muito divertido a sua narração dos fatos, de boa mesmo dessa vez ficou muito engraçado, mas vou te dizer quer pegar mulé pega a Sr.King Kong, pelo menos vc vai poder dizer "Peguei um monte de mulheres", "Uma tonelada." rs...mas carnaval é assim mesmo, vai acostumando.

MUdando de assunto temos quer programar a semana santa, que de santa vamos fazer mudar até o nome ha haha, de santo não temos nem o nome.

Abraço, e lembre-se agradeça sempre a Phil MAgera por manter a cena viva !

9:20 AM  

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